-Mãe to indo.
Ana olha Elena. Julio a observa inquieta na
cozinha.
-Ana... Tem certeza que não quer vir junto? –
Pergunta julio.
-Claro que não, o que eu ia querer ir fazer lá?
-Bom, você que sabe.
-Sei mesmo.
-Vem dindo.- Diz Elena
Elena e Julio saem em direção ao aeroporto, Ana se
encosta na bancada da cozinha, tinha vontade de ir buscar Vitor no aeroporto
mas lhe faltava coragem.
-Que você acha que vai acontecer agora dindo?
-Bom, depois que sua mãe passar esse piti acho que
eles vão sentar e conversar.
-Espero que seja logo.
-Que horas seu pai chega?
-As 17:30.
-Ótimo, vai dar tempo.
-De quê?
Julio da uma risada.
-Tem alguma coisa que eu deva saber? – Indaga Elena
-Você vai descobrir, pequena.
-Não entendi.
Enquanto isso na casa de Ana e Elena.
-Ana, você tá aí?
-Bruna?
-Oi amor? Vim te buscar.
-Buscar pra quê? E o quê são estas sacolas? –
Pergunta Ana com cara de surpresa para Bruna.
-Meu arsenal? E vamos ao Salgado Filho.
-O quê? Onde? Como assim, o quê você está fazendo?
Bruna puxa Ana para o andar de cima e começa a
esvaziar as sacolas.
-Eu não vou a lugar nenhum!
-Vai sim Ana, chega desta infantilidade, então
verde ou azul?
-Qual parte você não entendeu?
-Qual parte você não entendeu, que não vou
desistir?
Ana olha para Bruna, suspira abaixa a cabeça
sentasse na cama, depois de alguns instantes se levanta.
-Ok, vou tomar um banho.
-Isso amiga! Temos menos de uma hora.
Ana toma um banho rápido, põe um vestido verde água,
sandálias de salto alto, cabelos soltos, Bruna faz uma leve maquiagem, põem
algumas bijuterias sutis, sabe que Ana não gosta de nada pesado, passa um
perfume floral e as duas saem de casa em direção ao Aeroporto.
-Você tá linda, a ultima vez que te vi assim foi no
meu casamento à 17 anos atrás.
-Vamos voltar isso é loucura!
-Que voltar que nada, agora vamos até o fim,
coragem amiga, vai dar tudo certo.
-O que vai dar certo, o que você acha que vai
acontecer?
-Acho que vai deixa-lo caidinho por você como a 17
anos atrás.
-Ai meu Deus, tu e o Ju, vou dizer, me racham a
cara.
-A gente te ama sua boba.
-Eu sei.
Elas chegam ao aeroporto, correm em direção ao
portão em que o voo dele esta prestes a descer, veem Elena e Julio parados de
costas esperando.
-Vamos até lá? –Pergunta Ana.
-Vamos fazer assim, esperamos eles se encontrarem,
é melhor a Elena ver o pai primeiro depois que eles se verem, agente se
aproxima, não vamos estragar o momento deles né?
-Sim, você está certa.
-Vem, vamos à cafeteria, dali vamos ver quando ele
chegar.
Depois de uns cinco minutos o voo de Vitor
finalmente chega, em seguida Vitor desembarca.
Ana vê emocionada a filha correr em direção do pai,
eles se abraçam e se beijam, a filha chora muito, ela vê Vitor dizer várias
vezes “finalmente minha filha, eu te esperei tanto, te amo tanto”, não se contém,
começa a chorar também. Bruna segura a mão da amiga.
-Vamos amiga, vamos nos aproximar.
-Melhor não, não posso.
Vitor olha em volta, Ana percebe quando ele
pergunta “e a sua mãe, não veio?”, ela pensa em ir embora, mas ele a vê. Julio
e Elena olham para trás, Elena se surpreende ao perceber que Ana está ali e
vestida daquela forma, Julio sorri. Vitor caminha em direção a Ana, se
aproxima.
-Achei que você não viria.
-Eu também.
-Você está linda.
-Você também não está tão mal.
Ela sorri.
-Seu sorriso está igual, Ana.
-Você está bem?
-Agora estou?
-Veio a passeio, pra conhecer a Elena?
-Na verdade, acho que um pouco mais que isso.
-Hum... que bom, talvez então você queira...
jantar... conosco... todos nós... digo, eu e a Elena e meus compadres, lá em
casa, hoje? Se quiser?
-Claro. Se importaria se eu te pedisse um abraço,
afinal faz tantos anos que não te vejo?
-Abraço? Eu e você? Nós dois?
-Se não se importar?
-Não... Assim, claro que não.
Vitor a abraça devagar, Ana mal consegue se mexer.
Elena, Julio e Bruna seguram as lágrimas enquanto as de Ana escorrem sem parar.
-É bom te ver, te sentir. – Diz Vitor baixinho no
ouvido de Ana.
Ana se esquiva do abraço rapidamente.
-Bom vamos indo então, o transito esta hora é uma
loucura. Você vai no carro do Julio com a Elena, Vitor. E eu vou no carro com a
Bruna. Vamos Bruna.
Ana puxa Bruna e sai às pressas.
-O que eu, fiz o que eu fiz?
-Meu deus o que foi aquilo amiga? Que orgulho, que
gato hein?
-Cala a boca Bruna, me ajuda a pensar em uma
maneira de cancelar este jantar.
-O quê? Ta louca, mas nem pensar!
Bruna para Ana no estacionamento.
-Para com isso, não seja tão idiota, o amor da tua
vida voltou, é lindo, doido por você e tu quer dispensar ele?
-Ai meu deus, não dá, não tem como fazer isto.
-Tem sim, eu o Ju estamos aqui e não vamos deixa-la
sozinha, vai amiga, te dá esta oportunidade?
-Ta bom, mas se eu ver que não vai dar certo eu
corro pra vocês.
-Ok, deixa que qualquer problema eu resolvo.
As duas entram no carro, Bruna dirige em direção à
casa de Ana.
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