quarta-feira, 25 de julho de 2012

Roubado

Eu parto do princípio que sempre devemos perguntar antes de pegar, e sempre pergunto, fica mais bonito no meu pulso ou daquele rapaz do parque o Rolex? Lógico que no meu. Então ai vou em sua direção, peço as horas, falo do tempo e antes que o rapaz perceba que já lhe roubei o relógio, a carteira e o celular, dou adeus e continuo meu caminho...
Eu sou Victor, moro na cidade mais linda do mundo, Paris, a mais romântica, onde milhões de turistas vem todo o ano para que possam seu roubados por mim, o mestre. Qualquer um nestas ruas me conhece, mas também, com este charme, essa beleza, esta esperteza, se eu fosse mulher casava comigo. Eu só tenho um defeito, Medelen. Essa desgraçada roubou meu maior tesouro que venho escondendo a anos, a não consigo pegar de volta... Confesso também que não sei se quero... Não eu quero sim, tenho que esquecê-la. Medelen me roubou o coração, estou perdidamente apaixonado, logo eu, que tive em meus braços centenas de mulheres, muitas mais lindas do que ela, mais perfumadas, mais delicadas, mas nenhuma com todo o conjunto junto... Aiaiai, preciso para com isso, e logo, assim acabo com minha carreira, logo agora que estou com o roubo da minha vida arquitetado, pronto pra ser executado, essa moça me aparece, como vou poder fazer isso com ela em meu caminho.
Eu pretendo roubar o maior museu de paris, u dos mais famosos do mundo, assim serei mundialmente famoso, as vezes nem acredito o quanto sou espetacular... Mas Medelen, ela trabalha no museu, é restauradora, isso temos em comum, ela restaura eu falsifico, hum, seriamos uma dupla incrível, mas daí ela teria que saber quem eu sou, saber meu oficio real... Não Victor se concentre, o museu sim Madelen Não! Mas ela é tão linda... Deus oque estou dizendo.
-O senhor vai ficar falando sozinho muito tempo? Nos temos que ir ao museu lembra?
Esse é Oscar, meu ajudante, um pé no saco mas, útil, esperto e ágil.
-Mas era só o que me faltava Oscar, ta querendo me dar ordens?
-Desculpe patrão, não queria lhe ofender.
Adoro quando ele se rebaixa e se põem no lugar dele, afinal como ele disse “eu sou o patrão”.
-Tá, tá... Vamos, o carro já está pronto?
-Sim senhor.
-Então vamos ver Medelen, digo... o museu!
-Medelem? A Restauradora? Não acredito patrão, o senhor tá pegando aquela gostosona?
-Calado, não lhe dei intimidade de falar desse jeito comigo, e não estou “pegando”ninguém, mais respeito, concentre-se no museu.
-Claro patrão, desculpe.
Às vezes tenho quê ser rude, não gosto, não combina comigo, sou um lorde, mas Oscar me tira do sério, Medelen não é o tipo de mulher que você pega, é do tipo que você casa, eu casaria... ai meu Deus o que estou dizendo.
-Vamos Oscar, tenho pressa.
-O senhor que manda patrão.
Mais tarde no museu.
-Patrão, vou seguir o combinado, mapear o museu, volto em 1 hora.
-Aham, te encontro aqui.
Lá está ela... Meu deus que coisa mais linda, a não ela me viu, esta vindo pra cá, o que eu faço o que eu faço? Será que estou bem, e o halito?
-Sr. Victor, que surpresa!
-Espero que boa – Victor pega a mão delicada de Medelen e da um beijo suave. Ela sorri, as bochechas ficam levemente avermelhadas.
-Sim é claro, veio ver a nossa nova exposição? Iniciou hoje.
-Sim, como iria perder.
-Se quiser posso acompanha-lo e mostrar-lhe as obras.
-Seria um grandioso prazer.
Ela esta linda hoje, sei que deve estar falando de algo interessante sobre as obras, mas, é mais interessante olha-la. E o sorriso, é como se iluminasse o mundo, ela não anda simplesmente, flutua, é perfeita, mas nem sabe que eu existo, é gentil comigo por educação, será que eu deveria investir? Soube que esta solteira a uns dois anos, mas porque tanto tempo? Será que ela não quer? Vejo vários homens se aproximarem e ela sempre rejeita, se bem que comigo ela é sempre doce, será que sente algo?

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