segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Elena - Capítulo XII



na encharcada olha Vítor e antes que saia algo de sua boca seu telefone toca, o toque de telefone é de Elena ligando.
-Você não vai atender antes de responder. –Diz Vitor.
-Mas é a Elena.
O telefone continua a chamando, ela o retira do bolso e fica olhando pra Vítor enquanto atende.
-Filha a mãe já está chegando.
-Não é a Elena tia, é a Amanda. - Diz a menina com voz de choro.
Ana se assusta, solta a mão de Vitor.
-Amanda aconteceu algo com a Elena? Aham, sim, to indo para casa meu anjo, se acalme.
-Oque houve Ana, Elena está bem?
-Não ela desmaiou! Amanda não consegue acorda-la.
Os dois correm em direção a casa de Ana, ao chegarem tem uma ambulância que a amiga de Elena chamou, Ana vê a filha na maca e se desespera.
-Minha filha, onde vocês estão a levando.
-Calma senhora, tu é a mãe? – Pergunta o enfermeiro.
-Sim, eu posso ir junto?
-Pode sim entre na ambulância.
Ela olha para Vitor que está apavorado, ela faz um sinal com a cabeça para que ela vá tranquila, a ambulância sai. Ele leva Amanda em casa e se dirige ao hospital, no caminho liga para Julio e avisa, quando chega ao hospital vê Ana transtornada, fumando, sem saber o que fazer.
-Ana, os médicos disseram algo?
-Não, estão lá dentro com ela e não me dizem nada... Ela nunca ficou doente, nunca se internou, nunca passei por isso, o que eu faço meu Deus?
-Calma, eu estou aqui com você, eu estou aqui.
Ele a abraça a leva para dentro e aguarda até que Julio chega com a esposa, os quatro ficam por cerca de 1 hora sem informações de Elena. Até que uma enfermeira chama os pais até a sala do médico. Os dois entram apavorados.
-Doutor como a Elena está?
-Agora está bem, ela está com anemia, bem profunda diria.
-Anemia? Mas ela come bem, se exercita, que estranho...
-Senhora, ela tem tido febre, fadiga...
-Bom ela anda cansada nos últimos meses, mas é normal, fim de ano, final de campeonato de vôlei também, não é?
-Claro. Bom eu gostaria que a senhora a levasse para fazer alguns exames laboratoriais de rotina, principalmente um hemograma, só para termos certeza que está tudo bem, ok?
-Claro, ela vai sair do hospital quando?
-Ainda hoje, lhe passarei uma dieta e amanhã a senhora a traga para começarmos os exames o quanto antes, estarei de plantão o dia todo.
-Está certo, obrigada.
Eles saem mais tarde com Elena do hospital, ela está muito sonolenta e chega e vai direto para o quarto dormir, Ana se senta no sofá, pensativa enquanto Julio faz um chá. Vitor senta-se ao seu lado, põem o braço em torno de seus ombros.
-Você está bem?
-Porque ele pediu um hemograma?
-Ele disse que é um exame de rotina.
-Vitor, ele está desconfiado de algo, acho que nossa filha está doente.
-Ana, eu sei que você está preocupada e te entendo, mas ficar pensando no pior não vai te ajudar em nada.
-Eu sei, mas ele não estava tranquilo quando falou comigo, parecia desconfiado e não quis me falar.
-Claro que não, imagina, se ele não tem certeza não pode nos apavorar, por isso os exames, e se depois não é nada? E ele já nos matou de susto? Tem casos que levam um médico a um processo você sabe disto.
-Ai, eu sei, só estou preocupada.
-Você quer que eu durma aqui com vocês hoje?
-Você se importa? Você tem uma reunião amanhã.
- É só a noite, e vocês são mais importantes, qualquer coisa, peço pra Fabia desmarcar, explico o caso, eles vão compreender, todos tem família, filhos...
-Que bom que você está aqui, de verdade.
-Assim que passar tudo isto, você tem uma pergunta que, não me respondeu, eu vou cobrar esta resposta, mas depois.
-Claro, eu prometo.
Eles se beijam, Bruna e Julio observam.
-De alguma coisa este mal estar da Elena serviu amor. – Diz Bruna
-Vou falar com a pequena pra ela começar a desmaiar mais vezes.
Os dois dão gargalhadas, logo se despedem e vão pra casa. De manhã bem cedo Ana, Vitor e Elena vão para o hospital e começam os exames, encontram com o médico que pede urgência em todos, depois de horas no hospital o doutor chama os pais de Elena em sua sala novamente.
-Sente-se, fique a vontade.
-Como foram os exames, correu tudo bem né? – pergunta Ana nervosa.
-Bem senhora, olhei cuidadosamente os exames, pedi a colaboração de outros colegas para analisarmos com muito cuidado antes de definirmos um diagnostico.
- E?
-Verificamos um aumento no baço da Elena e também um aumento das células imaturas, também conhecidas com blastos.
-E o que isto significa doutor, nós não entendemos? – Indaga Vitor.
-Infelizmente, sinto em dizer que sua filha foi diagnosticada com um tipo de câncer, chamado Leucemia mielóide crônica.

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